sexta-feira, 5 de abril de 2013

Família recebe indenização por omissão de socorro no Espírito Santo Depois de 14 anos, a família ganhou uma indenização de R$ 55 mil. Na Grande São Paulo, uma senhora morreu em frente a um ambulatório.

A mulher de 56 anos morreu depois de passar mal em frente ao AME, o ambulatório médico de especialidades, deTaboão da Serra. Quem estava por perto conta que ela desmaiou na calçada e ninguém saiu para socorrer. Só depois que o marido carregou a mulher para dentro do ambulatório, os médicos tentaram reanimá-la.

Célia Gamarrano desmaiou na frente do ambulatório médico de especialidades, que pertence à Secretaria Estadual de Saúde. Testemunhas disseram que pediram socorro aos funcionários, mas ninguém ajudou. “Não vieram aqui em momento nenhum, não prestaram socorro, não tentaram ajudar levando ela para dentro. Não perguntaram o que estava acontecendo”, conta Aline Viera Da Silva, cabeleireira.

Célia só foi socorrida depois que os moradores pararam o trânsito. O marido atravessou a rua e entrou com a esposa no ambulatório. Um médico ainda tentou fazer massagem cardíaca, mas não adiantou.

Catorze anos atrás, na cidade de Serra (ES), um homem morreu na frente de um hospital do estado. Enquanto ele passava mal na Kombi, a filha implorava pelo socorro, que não veio. “A gente reclamava pedia socorro e nada, depois que ele faleceu eles vieram mas aí não ajudava nada", conta Erlete Moenteiro, filha de Romualdo Monteiro.

O caso do Espírito Santo foi parar na Justiça. A família alegou que houve omissão de socorro por parte do estado e ganhou uma indenização de R$ 55 mil. O governo disse que não vai recorrer; mas também não tem data para pagar. Essa dívida vai ser mais um precatório.

A família diz que não há dinheiro que repare a perda, mas é importante recorrer e denunciar a omissão. Ainda que 14 anos depois, não saiba quando vai receber. "Porque todos nós contribuímos e merecemos um ótimo tratamento", diz José Luiz Monteiro, filho da vítima.

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo vai investigar o que aconteceu na unidade ambulatorial de Taboão da Serra. Se for constatado que a morte de Célia Gamarrano foi provocada por omissão, a Secretaria vai encaminhar o caso ao Conselho Regional de Medicina.

Um parente de Célia disse que ela foi bem atendida a partir do momento em que entrou no ambulatório.




http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/04/familia-recebe-indenizacao-por-omissao-de-socorro-no-espirito-santo.html

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