quarta-feira, 3 de abril de 2013

Condenado advogado que se passava por juiz Acusado de estelionato foi flagrado porque acabou apanhado num grampo telefônico



Um advogado que, em 2008, passou-se por magistrado para extorquir dinheiro de parentes de um preso dizendo que era para pagar ao juiz de Direito de fato e, depois, ao próprio Promotor de Justiça, foi condenado pelo juiz Vanderlei Ramalho Marques, da Comarca de Iúna, na região do Caparaó, a dois anos e seis meses de detenção e 40 dias-multa e a oito anos de reclusão e 60 dias-multa.


E.L.F., 47 anos, residente em Cachoeiro de Itapemirim, cumprirá a pena em regime inicial semiaberto e poderá apelar da condenação em liberdade, haja vista que permaneceu livre durante o transcurso da instrução criminal, segundo o magistrado, '“sem causar qualquer embraço ao seu normal andamento”. O advogado respondeu por crimes de calúnia (artigo 138), estelionato (art. 171), falsa identidade (art. 307) e tráfico de influência (art. 332), no Código Penal Brasileiro.


Na denúncia, o Ministério Público Estadual detalhou que, passando-se por juiz em Cachoeiro, E.L.F. procurou a vítima, J.S.F.V.O., ex-mulher do então preso em I.A.V.O., o Alex, solicitando R$ 6 mil para influir na libertação do condenado. Na ocasião, E.L.F. disse que essa era uma exigência do juiz criminal da Comarca, Roney Guerra Duque.


Induzida ao erro, Joelma, em companhia de um irmão de Alex, em 27 de fevereiro de 2008, pagou os R$ 6 mil a Evandro. Como o preso não foi solto, o advogado, falso juiz, alegou que o promotor Rodrigo Koehler Gurtler estava dificultando as coisas e pedindo R$ 4 mil para emitir favorecer favorável à revogação da prisão. O acusado de estelionato foi flagrado porque acabou apanhado num grampo telefônico autorizado pela Justiça de Cachoeiro em outro caso.


Processo nº 0000695-56.2009.8.08.0028




http://jornal.jurid.com.br/materias/noticias/condenado-advogado-que-se-passava-por-juiz

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